
Em algum lugar entre as costelas e os pulmões, dentro de sua qualidade orgânica e de sua tentativa metafísica, ela o sabia. Ali, em qualquer espaço compartilhado no meio da carne e cartilagem, dilatado com o pulsar das veias enquanto o peito vai e vem como quem não pode fazer mais nada - movimento estúpido e fantástico que garante a sua permanência por mais algum tempo, até não se sabe quando...
Certas coisas simplesmente apropriam-se do nosso corpo; é como passar a ter, subitamente, cinco mãos, quatro pernas, um milhão de dedos, olhos para qualquer tipo de vista. Um gosto estranho e doce que me confere, afinal, muitos outros nomes, e endereços... um espelho onde reconheço o que pela natureza não era para estar em mim, mas já...
5 comentários:
nossa,que texto maravilhoso o.o
o que está em itálico voce tirou de algum livro?
assim,nao duvidando da sua capacidade de escrever,claro,é que geralmente quando alguém escreve trechos de livros colocam ou entre aspas ou em itálico.
se for de um livro,deveser otimo.
e se for seu mesmo,meus muito parabéns!hauhauah
se quiser pode passar no meu
eu e angelique ficaremos felizes com a sua presença!
(embora não tenhamos tempo sempre pra atualizá-lo)
bom domingo :D
" imagens são palavras que nos faltaram" (manoel de barros). nao faltaram aqui, nem palavras, nem imagens, nem palavras-imagens
bj
Clarimazini, você é sempre deslumbrante, seu texto é de um lirismo só!
talvez sentada da mesma forma
Sentir uma especie de falta de ar lendo esse texto! Nossa...
Mas estava com a boca doce.
Postar um comentário