3.28.2008

Carta para


Querido O,

Estou viva. Essa é a maior responsabilidade que tenho comigo. Já morri algumas vezes - cinco anos, semana passada. Mas o passo não cala e me lembra de mim, no susto que é atravessar a esquina. Olha, aquela rua tem um nome que faz lembrar o teu. Para você, todas as minhas vidas, dia e noite do meu sonho real. Para ti, eu, que já. E ainda-sempre. Como quem não sabe mais parar.

24 comentários:

Milena Marília disse...

Querida Clara,

Cem(sem) palavras para ti!

Milena

Anônimo disse...

Suas palavras são como um refúgio, acalmam a alma. Na próxima tentarei ser o primeiro coment.

:: Daniel :: disse...

Menina Clara,

Seu coração desenha as palavras. Foi essa a impressão que esse post passou. E isso é digno de aplausos pra mim, porque eu ainda sigo o caminho racional dos sentimentos.

Obrigado pela visita à velha casa. Seja bem-vinda e volte sempre lá. Eu também voltarei aqui mais vezes.

Beijo grande e bom fim de semana,
Daniel

Anônimo disse...

Bonita a carta. Intensa, apesar de curta. Lembrei-me de uma música do Engenheiros: "... Envelheci dez anos ou mais neste último mês...".
Beijos, Clara!

Alana Sousa disse...

"Já morri algumas vezes - cinco anos, semana passada."

confesso,(e confesso porque poucos sabem) que ousadamente estou escrevendo uma história de um mulher imortal,o que faria sentido se vivessemos tanto tempo, e o que perderia o sentido. Gostei muito do blog!

cra disse...

não saber mais parar é consequência da vontade de não parar. e isso nem pode ser um círculo. até porque posso estar querendo dizer nada, já que os limites existem. portanto,

Bianca Feijó disse...

Ando lendo tanto textos relacionados ruas ultimante, inclusive o meu...rsrs.

Mas o melhor é cada um tem sua peculiaridade, e são, no minimo bons!

Estamos sempre ressuscitando,ontem,hoje, agora...

Beijos!

Renato Alt disse...

Sei bem como é esta sensação, a de morrer e, ainda assim, ser obrigado a acordar para um novo dia, sem alento, sem cortejo, sem ao menos alguma carpideira.
Mas seguimos adiante. Como quem não sabe mais parar.
Belíssimo texto.

Lidiane disse...

Clara, gostei tanto que li mais vezes do que imagina.

Carol Luck disse...

choro litros.

entre-caminhos disse...

gostei tanto, que nem sei o q comentar.

vou colocar seu blog nos meus links com certeza.

=)

Anônimo disse...

Senti em mim o que li!
Maravilhoso, Clara.

:)

4rthur disse...

Instigante. dá vontade de te conhecer melhor e captar as entrelinhas.

Beijo!

- disse...

muito muito bom.

Samantha Abreu disse...

Clara!
tuas palavras são finas, e cortantes.
Feito folhas de papel... cortam ardido, mas, ao mesmo tempo, imperceptívelmente.
É bom demais ler-te, querida!

um beijo

Clareana Arôxa disse...

"Estou viva. Essa é a maior responsabilidade que tenho comigo"

vou levar isso comigo.

beijo,outra menina clara!
e te linkarei por lá.

Soberba Insônia disse...

Fotos suas?

Caso sim, tem flickr ou similar?

Anônimo disse...

Eu... Eu juro que depois disso, não sei o que escrever.

Renata Silva disse...

A carta q um dia vou escrever.

http://devaneiosinsanidade.blogspot.com/

Fabrício Fortes disse...

nomes que fazem lembrar.. ruas que fazem descer.. que bom encontrar paisagens assim pela minha descida..
arrepiante

Fernando Locke disse...

Muito intenso! muito bom! tem frases de efeito que ficaram otimas! "Estou viva. Essa é a maior responsabilidade que tenho comigo" foi excelente!

Dona ervilha disse...

"Para ti, eu, que já. E ainda-sempre. Como quem não sabe mais parar".
Adorei.

Anônimo disse...

qual o nome da rua?

Juliana Almirante disse...

Queria pedir permissão p'ra deixar a luz acesa.
O calor suave das suas letrinhas não deve se apagar.
=]
Beijo